domingo, 15 de maio de 2016

A realidade em um sonho


Para começar, resolvi postar um texto que eu escrevi e, relendo agora, não faz muito sentido. Mas para mim, não precisamos fazer sentido para sermos entendidos. Espero que gostem.

Não é fácil acordar às quatro horas da manhã para viajar.

- Sophia! Levanta! Agora! - minha mãe gritava.

Eu nem ao menos queria fazer essa viagem. é para um teste em uma agência de modelos.

Levantei-me, tomei meu banho e, ainda enrolada na toalha, parei em frente a meu armário. não sabia o que vestir. resolvi pegar minha saia preta, uma blusa branca com listras pretas e meu All Star também preto. amarrei meu cabelo em um rabo e fui assim mesmo.

Nunca me achei bonita. Apesar de minha amiga, única por sinal, dizer.

Eu sou muito magra, baixa e meus cabelos são extremamente cacheados. Sem contar que, aos dezesseis anos, eu nunca beijei ninguém.

- Sophia. Você não vai levar nada? Nem uma blusa? - minha mãe disse, me despertando dos meus devaneios.

- Não, mãe, eu só quero ir. Quanto mais cedo chegarmos, mais rápido voltaremos.

Ela apenas deu de ombros e pegou as chaves do carro.

Entrei no banco de trás para a qualquer momento conseguir dormir. E isso não demoraria.

Minha mãe ligou o carro e, para ajudar, colocou o meu CD da Demi Lovato, que acidentalmente esqueci dentro do som, quando saí com ela da última vez.

Eu gosto muito das músicas dela por serem animadas e autobiográficas, mas naquele dia eu estava ficando com sono.

Encostei minha cabeça na janela e me permiti adormecer.

Acordei, mas percebi que não estava no carro da minha mãe. Eu estava deitada na grama. Olhei para os lados assustada, procurando por ela ou por algum sinal de vida. Meu celular estava em casa e nem relógio eu tinha. Levantei-me e a única coisa que eu via era um vasto campo com algumas flores espalhadas, de diferentes espécies.

Minhas roupas eram as mesmas, o que anula a possibilidade de sonho. Eu acho...

Resolvi andar em frente. Para minha sorte estava um dia nublado; então o sol não me atingia tanto.

Depois do que me pareceu 15 minutos, perdi a pressa. Comecei a observar com mais detalhes o que havia ao meu redor.

Consegui identificar algumas orquídeas, azaléias, bromélias, uma ou outra coroa imperial e muitas espécies de flores das mais variadas cores.

Continuei andando, contudo prestando atenção em outros detalhes.

Sem motivo algum parei bruscamente. Um arrepio percorreu meu corpo. Olhei para frente e vi uma floresta de aparência fria e densa.

Resolvi entrar. Realmente, eu tinha razão. Era uma floresta fria. Não havia muito o que olhar.

Depois de alguns metros andando, vi um riacho mais à frente. Eu estava com sede. Corri e peguei um pouco de água com as mãos em forma de concha. Tinha consciência de que não era uma água limpa, mas não me importei.

Não tinha nenhuma ponte ou caminho para atravessar o riacho, porém não me parecia muito fundo. Tirei meu All Star e atravessei. A água era tão fria quanto a floresta. Como não tinha nada para me secar continuei andando descalça por mais alguns metros. A floresta já estava no fim. Parei. Calcei meu tênis e corri desesperadamente à procura de ajuda, quando de repente bati em algum objeto que lembrava uma parede de vidro e então fui obrigada a parar.

Assustada e admirada, eu conseguia ver o que parecia ser um quarto. O meu quarto.

O chão começou a tremer sem explicação nenhuma. Fechei os olhos. Quando essa sensação foi se acabando, eu abri meus olhos novamente. Eu estava no meu quarto.

- Sophia! Levanta! Hoje é segunda! Tem aula. - minha mãe continuava gritando.

Levantei-me, peguei meu uniforme e fui fui tomar banho. Não acredito que foi tudo um sonho.

Ei! Por que meu All Star está sujo de terra?

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